Guerra do Rio de Janeiro:

Em 1559, o Rio de Janeiro era a principal preocupação do padre Manuel da Nóbrega. O principal dos jesuítas tinha então 42 anos e vivia no Brasil há dez. E na sua opinião, a instalação de uma colônia francesa na Guanabara vinha sendo tratada com absoluta negligência pelas autoridades portuguesas. Principalmente, visto que entre os franceses do Rio havia também protestantes.

Mesmo com problemas de circulação nas pernas, Nóbrega havia percorrido inúmeras trilhas irregulares do Brasil com o objetivo de fixar o catolicismo nesse novo país. Agora todo o seu trabalho poderia vir por terra se a “peçonha de Lutero,” que havia chegado à América através do Rio de Janeiro, prosperasse com aquela colônia. Para além do domínio português do litoral brasílico, a destruição da França Antártica era a garantia de uma América católica.

Guerra do Rio de Janeiro

E como para derrotar a heresia protestante valia tudo, Nóbrega não teve pudores de usar de artimanhas na luta contra a colônia de Villegagnon. E a estratégia de Nóbrega foi usar o bom e velho recurso do traidor. E no caso da França Antártica, o traidor foi um tal de Jean Cointe, ou João Cointa, como é conhecido no Brasil.

Saiba mais sobre isso ouvindo Guerra do Rio de Janeiro.


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FONTES
  • Livro: “Singularidades da França Antártica”, André Thevet
  • Livro: “Cosmografia Universal, Tomo II”, André Thevet
  • Livro: “O Rio antes do Rio”, Rafael Freitas da Silva
  • Livro: “1565 – Enquanto o Brasil Nascia”, Pedro Doria
  • Livro: “Ubatuba Espaço Memória Cultura”, Juan Droguett
  • Livro: “Synopsis ou deducção chronologica dos factos mais notaveis da historia do Brazil”, Jose Ignacio de Abreu e Lima
  • Outras fontes

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MÚSICAS DESTE EPISÓDIO
  • Música Épica Instrumental de Batalha (YouTube)

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O Expurgo dos Judeus e o Pogrom de Lisboa:

… Em 1495, entretanto, o rei D. João II morreu. E como as seis pessoas seguintes na linha de sucessão ao trono de bacalhau, digo, trono de Portugal, haviam morrido também, D. Manuel, um sobrinho do rei, acabou coroado. D. Manuel era matemático, e como tinha grande interesse em astronomia acabou se tornando muito amigo do astrônomo judeu, Abraão Zacuto.

Zacuto era natural de Salamanca, e havia sido um dos judeus sefarditas que havia se refugiado em Portugal, vindo de Castela, no reinado de D. João II. Foi um dos maiores astrônomos da sua geração e por isso foi nomeado por D. João II, Astrônomo e Historiador Real de Portugal.

O Expurgo dos Judeus e o Pogrom de Lisboa

… A turba enfurecida arrastou o homem para a rua e, em poucos minutos, mataram-no e queimaram-no no Rossio. Sabendo do que aconteceu, o seu irmão correu para o local e quando gritou pelos assassinos, foi igualmente morto e queimado numa fogueira. No meio da agitação, um frade dominicano bradou um discurso contra os judeus. Em seu redor, a turba vociferava contra a comunidade judaica. Dois frades, Frei João Mocho e Frei Bernardo, juntaram-se ao que estava a discursar, exibindo o crucifixo do “milagre” e gritando: “Heresia! Heresia! Destruam o povo abominável!.” Os gritos deram início ao massacre…

Saiba mais sobre isso ouvindo O Expurgo dos Judeus e o Pogrom de Lisboa.


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FONTES
  • Livro: História   dos Judeus Portugueses, CARSTEN, L Wilke
  • Livro: Vítimas da Inquisição no Rio de Janeiro, Ronaldo Morais
  • Website: observador
  • Outras fontes

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MÚSICAS DESTE EPISÓDIO
  • Andalusian Classical Music
  • A la villa voy – Cancioneiro de Elvas
  • Canção do século XVI (La Rosa Enflorece)
  • Spanish Arabic Music of Al Andalus
  • Ben Snof – Eshkachech Yerushalayim

LINK PARA O DOCUMENTÁRIO

A estrela oculta do sertão (YouTube)


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A fundação de Santos:

Para uma terra que, na visão europeia, era desprovida de tudo, imensa, sem esperanças de reluzentes minas de ouro, prata e cristais, que era habitada por indígenas ferozes e canibais, para um lugar visto assim só viriam homens que o rei mandasse em serviço, homens degradados da metrópole condenados pelas suas leis criminais, náufragos sobreviventes de expedições malfadadas, trabalhadores escravizados ou semi escravizados que fugiam de navios, ou homens de fé, catequistas, movidos pelo juramento de espalhar a sua religião. Foram poucos, muito poucos, os que vieram habitar o Brasil em princípios do séc. XVI. Alguns nomes desses primeiros colonizadores aparecem nas Atas das câmaras municipais e nos livros de inventários e testamentos brasileiros, e são essas em grande parte as fontes primárias que nos contam o início da história do país.

A fundação de Santos

Ao retirar-se para Portugal, nos meados de 1533, Martim Afonso de Sousa deixou na vila que havia fundado pouca gente do pessoal que veio com a sua frota. As terras de São Vicente nenhum atrativo tinham para reter aventureiros, ansiosos por enriquecer rapidamente. No litoral, nas baixadas, nos pântanos e brejos em que se formavam mais mangues que canaviais, eram poucos os locais propícios à instalação de engenhos de açúcar. Na serra de Paranapiacaba, que contorna asperamente o mar, as terras eram as piores possíveis, do atual Estado de S. Paulo, para a agricultura.

Saiba mais sobre isso ouvindo sobre a fundação de Santos.


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FONTES
  • Livro: “Cartas Jesuíticas do Brasil”, vários autores.
  • Livro: “Na Capitania de São Vicente”, Washington Luís.
  • “Anais de D. João III”, Frei Luís de Sousa.
  • Livro: “História Geral do Brasil”, Francisco Varnhagen.
  • Outras fontes

GRÁFICO DE SÃO VICENTE (ANTES E DEPOIS DO TSUNAMI)

a fundação de santos


TRANSCRIÇÃO DO ÁUDIO

Equipe de Transcrição:
Karla Michelle Braga – Facebook
Fernanda Marini – Twitter: @femarini

Link: Em andamento


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Fundação de São Vicente:

A notícia do descobrimento da Ilha ou Terra de Vera Cruz por Pedro Álvares Cabral, em abril de 1500, pouco interessou ao monarca D. Manuel I, então rei de Portugal. A carta, em que D. Manuel I comunicou aos demais reis católicos o descobrimento feito por Pedro Álvares Cabral tem ao todo 8 páginas e cerca de 311 linhas, e destas apenas 3 linhas se referem à terra de Vera Cruz.

Tão insignificante foi este fato para os portugueses no início do séc. XVI, que ele sequer foi mencionado na lápide de Pedro Álvares Cabral, quando este foi sepultado por volta de 1520 numa igrejinha da cidade de Santarém, em Portugal. A única inscrição na lápide de Pedro Álvares Cabral mencionava apenas que ele havia sido casado com uma das camareiras de uma princesa portuguesa, que foi aparentemente a única distinção do navegador para os portugueses daquela época. Nesse período, conhecido como era Manuelina, Portugal, seu povo e o rei (D. Manuel) estavam completamente absorvidos pelo opulento e relativamente fácil comércio com as Índias, cujo caminho marítimo os seus perseverantes e audazes marinheiros haviam descoberto, destacando-se entre eles, o maior de todos, Vasco da Gama, o maior herói português da era das grandes navegações.

Fundação de São Vicente

…em São Vicente, Martim Afonso conheceu um misterioso náufrago português chamado João Ramalho, que veio ao seu encontro ao saber da sua presença na ilha. Pouco se sabe do passado de João Ramalho e como afinal ele veio parar no Brasil. Seja como for, ele acabou indo parar na região onde hoje está a cidade de São Paulo e ali se tornou íntimo de um dos principais líderes dos tupiniquins do vale do Tietê, Tibiriçá, morubixaba da aldeia de Piratininga, tendo inclusive casado com algumas de suas filhas, a mais conhecida entre elas, a índia Bartira.

João Ramalho era muito influente entre os indígenas dessa região podendo arregimentar cerca de 5 mil guerreiros em um único dia, todos ligados a ele por relações de parentesco (só um comentário: na cultura tupi, os guerreiros só vão à guerra para defender e vingar seus parentes, portanto, o apoio bélico de uma tribo dependia de você ser casado com uma mulher daquele grupo). João Ramalho teve uma numerosa descendência na região e por essa razão recebeu a alcunha de “pai dos paulistas”…

Saiba mais sobre isso ouvindo sobre a Fundação de São Vicente.


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FONTES
  • Livro: “Na Capitania de São Vicente”, Washington Luís
  • Livro: “Anais de D. João III”, Frei Luís de Sousa
  • Outras fontes

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Equipe de Transcrição:
Fernanda Marini – Twitter: @femarini
Karla Michelle Braga –  Facebook
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Portugueses no Japão do século XVI:

A situação religiosa no Japão nos apresenta um quadro complexo. Na história da religião no Japão, há um longo processo de influência mútua entre as diferentes tradições religiosas, particularmente o Xintoísmo e o Budismo, que são as principais. Xintoísmo (shintô) é a religião que mais preserva a crenças nativas do Japão. Ela enfatiza a pureza do ritual nas relações com os kami, seres divinos que fazem parte de todos os aspectos da vida e manifestam-se sob várias formas. Com a introdução do Budismo no Japão no século VI, via Coreia, as crenças budistas e xintoístas começaram a interagir. O Budismo, uma religião originária da Índia, teve que adaptar-se à tradição japonesa para conquistar seu espaço. Igualmente o Confucionismo, Taoísmo e o Cristianismo desempenharam papel importante na sociedade japonesa.

É nesse contexto religioso, com características muito próprias, que o cristianismo é introduzido pelos comerciantes e jesuítas portugueses no Japão durante o século XVI, quando o país vivia intenso conflito interno, e no qual o Budismo estava fragmentado em várias seitas. Com uma cultura muito própria, o Japão adotou muitos elementos da cultural ocidental para modernizar-se, mas manteve sempre a sua identidade cultural. Algumas das maiores fontes de divulgação da cultura ocidental foram as escolas e seminários fundados pelos os jesuítas no Japão…

Saiba mais sobre isso ouvindo este episódio sobre Portugueses no Japão do século XVI.


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PARTICIPANTES
FONTES
  • DIDIER, Hugues. Francisco Xavier. São Paulo: Paulinas. 1996.
  • BERNABÉ, Renata Cabral.  A construção da Missão Japonesa no século XVI. 2012. Dissertação  apresentada ao programa de pós – graduação em História Social- Departamento  de Filosofia, Letras e Ciências Humanas- Universidade São Paulo.
  • LACOUTURE, Jean. Os jesuítas. Lisboa: Estampa 1993
  • MARTINS, Armando Janeira. O Impacto Português sobre a Civilização  Japonesa. 2.ª ed. Traduzido do japonês (Namban Bunka Noraiki, The Simul Press, Japão, 1970) por Takiko Matsuo. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1971.
  • OSSWALD, Maria Cristina. São Francisco Xavier no Oriente-Aspectos de devoção de e iconografia. CIUH- Universidade do porto. 2006.
  • YAMASHIRO, José. Choque Luso no Japão dos Séculos XVI e XVII. São Paulo: IBRASA, 1989.
  • YAMASHIRO, José. Japão: passado e presente. São Paulo: Editora Hucitec,  1978.
  • Diálogo de civilizações: viagens ao fundo da história, em busca do tempo perdido, Por João Gouveia Monteiro
  • Encontros culturais Portugal-Japão-Brasil, Por Américo Pellegrini Filho,Mitsuru Higuchi Yanaze SATO, Francisco. Cultura Japonesa.
  • Outras fontes

PAUTA
  • Maria Freire (blog)

VITRINE

SÉRIE INDICADA NO EPISÓDIO

Shogun (IMDB)


MÚSICAS DESTE EPISÓDIO
  • Tea Ceremony
  • Hot Springs
  • Sushi Restaurant
  • Feudal Castle
  • Bonsai Trees
  • Zen Garden
  • Cherry Blossoms
  • Falling Snow
  • Mount Fuji
  • Japanese Lanterns
  • Kitsune Woods
  • Samurai Warrior
  • Prince of the Sun
  • Honor of the Samurai
  • Shadow Ninja
  • Ninja Master
  • Dulce Pontes – Canção do Mar
  • Dulce Pontes – ‘Amor a Portugal’
  • Dulce Pontes – Lusitana Paixão
  • Paul Schwatz – Secret tear
  • Paul Schwatz – Willow
  • Moby & Mark Lanegan – The Lonely Night (Moby’s January 14th Mix)
  • Bliss – End Titles

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