Origem da Favela:
Como vimos no Episódio #18 do Temacast, que narra os eventos da Guerra de Canudos, o Exército brasileiro fracassou nas primeiras três expedições que pretendiam destruir a cidade de Belo Monte – como o arraial de Canudos foi batizado pelos seus habitantes. Como solução final para os “irredutíveis canudenses”, o Presidente Prudente de Moraes, o primeiro Presidente civil da República brasileira, ofereceu aos soldados de baixa patente e a outros sertanejos que viviam por ali nas cercanias de Canudos o recebimento de terras no Distrito Federal (Rio de Janeiro) caso eles o Exército fossem vitoriosos contra os “rebeldes”.
Assim, após a morte de Antônio Conselheiro e a destruição de Canudos, que se deu em 5 de outubro de 1897, esses ex-combatentes de guerra vieram todos com suas famílias para o Rio de Janeiro, mas chegando lá não encontraram lugar para morar e passaram a ocupar o Morro da Providência, no centro da cidade, bem próximo a Estação Central do Brasil. Em princípio, essa ocupação era de caráter provisório – até que o Governo Federal cumprisse a promessa de dar moradia aos veteranos de Canudos – mas, como o Governo Federal nunca cumpriu a promessa feita por Prudente de Moraes, a ocupação provisória acabou se tornando permanente.
Entretanto,
Apesar de a chegada dos soldados ter ampliado o número de habitantes ali no Morro da Providência, ele já vinha sendo ocupado havia quatro anos, desde 1893, quando o então prefeito do Rio, Barata Ribeiro, mandou demolir o maior cortiço do centro da cidade: o “Cabeça de Porco”. Com a chegada dos miseráveis que compunham as tropas de Canudos, o Morro da Providência passou a ser apelidado de Morro da Favella, em alusão a um arbusto abundante no sertão baiano que produzia frutos com sementes semelhantes às da fava e que era popularmente chamado no norte de faveleira, faveleiro ou favela. A faveleira ou favela é o arbusto da mandioca brava, umas das poucas coisas que nasciam no solo pedregoso do Morro da Providência. Assim como os montes que cercavam Canudos, o Morro da Providência era completamente recoberto dessas faveleiras…
Saiba mais sobre isso ouvindo este episódio sobre a origem da favela.
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PARTICIPANTES
- Francisco Seixas @temacast
- Igor Alcantara (igoralcantara)
- Jorge Virgílio (Facebook)
- Maria Clara Oliveira (email)
FONTES
- Livro: A Invenção da Favela, Licia do Prado Valladares
- Depoimento pessoal
- Outras fontes
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VITRINE
MÚSICAS DESTE EPISÓDIO
- Arlindo Cruz – Favela
- Bezerra da Silva – Eu sou Favela
- Renato da Rocinha – Moro lá
- Renato da Rocinha – Qualquer Lugar
- Realidade da Favela – A voz não cala
- Seu Jorge – Eu Sou Favela
- Renato da Rocinha – Misticidade
- Cidinho e Doca – Rap da Felicidade
- Mc Bob Rum – Rap do Silva
- Renato da Rocinha – Roçando
- Mc Dollores – Guerra de Ambição (Trilha do Filme ‘Fuga da Rocinha’)
- Renato da Rocinha – Outros Tempos
- Luiz Melodia e Escola de Música da Rocinha – Cruel
- Renato da Rocinha – Chega de Fazer Pirraça
- Ultraje a Rigor – Nós vamos invadir sua praia
- Renato da Rocinha – Rocinha
- Abertura (Francis Hime Sinfonia do Rio de Janeiro de São Sebastião)
- Agostinho dos Santos A felicidade (Happiness)
- Thiago Kobe – Grito Negro
- Renato da Rocinha – Horizonte Perdido
- Paralamas do Sucesso – Alagados
- Grand Funk Railroad – Feelin’ Alright
- Grateful Dead – Just A Little Light
- Grateful Dead – Althea
- Deep Purple – Black Night
- Black Sabbath – The Warning
- Black Sabbath – Children of the Grave
- Black Sabbath – Changes
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