José Bonifácio e o Príncipe do Brasil 2/2:

Em 18 de agosto de 1820, D. João VI concedeu ao paulista José Bonifácio o título de Conselheiro do Reino. José Bonifácio tinha então cerca de 57 anos, era um dos mais célebres cientistas e estadistas do Império português, além de herói da Guerra Peninsular. Apesar do currículo inquestionável, a razão pela qual o rei concedeu o título de Conselheiro a Bonifácio foi a sua preocupação com seu filho mais velho, D. Pedro. Havia pouco mais de 2 anos, D. Pedro e sua esposa, D. Leopoldina, haviam assumido o título de príncipe e princesa do Brasil, os herdeiros presumidos do Reino Unido, fundado pelo próprio D. João, em 1815. Devido à crescente pressão das Cortes portuguesas, o rei precisou deixar o Rio de Janeiro, a capital do Reino Unido português, e regressar a Lisboa, a capital de Portugal, e o inexperiente D. Pedro precisou assumir o governo brasileiro num momento em que as revoltas liberais já haviam se espalhado tanto do “velho” quanto do “novo mundo”.

Após a vitória da Revolução Constitucionalista, teve início uma intensa disputa entre os deputados brasileiros e europeus. O problema fundamental estava em qual estrutura a nova monarquia constitucional devia ter. Enquanto os deputados brasileiros queriam preservar a autonomia do Brasil em relação à Corte de Lisboa, os portugueses estavam decididos a organizar um regime monárquico imperial centralizado em Lisboa. Para o Partido Português, o poder decisório fundamental deveria ser Lisboa, e apenas, Lisboa. Ao governo do Rio e das demais províncias brasileiras caberia apenas replicar as decisões de Lisboa. Foi justamente essa parte que o Partido Brasileiro considerou intolerável.

José Bonifácio e o Príncipe do Brasil 2/2

Quando D. João VI regressou a Lisboa em meados de 1821, o Partido Brasileiro era bastante fraco em relação ao Partido Português, apesar do Brasil ser um país indubitavelmente mais rico que Portugal. A razão disso é que os deputados brasileiros não tiveram uma atuação coordenada, visto que não se viam como representantes da nação brasileira, que na cabeça deles nem existia. Para esses deputados, a América Portuguesa era um conjunto de territórios e povos que pouco ou nada tinham a ver uns com os outros, exceto pelo fato de serem todos súditos do rei de Portugal.

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FONTES
  • Livro: História do Brasil Império, Miriam Dolhnikoff (Editora Contexto)
  • Livro: 1822, Laurentino Gomes
  • Livro: D. Pedro I, a História não Contada, Paulo Rezzutti
  • Outras fontes

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José Bonifácio e o Príncipe do Brasil:

O príncipe D. Pedro de Alcântara nasceu na manhã de 12 de outubro de 1798 no Palácio Real de Queluz, Portugal, num quarto rodeado por pinturas inspiradas em cenas do livro “D. Quixote de La Mancha”, do escritor espanhol Miguel de Cervantes. Filho do príncipe-regente de Portugal, o príncipe do Brasil, D. João, e da princesa do Brasil, D. Carlota Joaquina, seu nome havia sido escolhido por seus pais em homenagem a São Pedro de Alcântara, um santo português canonizado no séc. XVII pelo Papa Gregório XV. (Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon).

José Bonifácio e o Príncipe do Brasil

Pedro de Alcântara foi o quarto filho de D. João e D. Carlota Joaquina, e o segundo filho homem do casal real. Por não ser o primogênito do príncipe herdeiro, inicialmente D. Pedro não era candidato ao trono português. Foi só em 1801, quando tinha 3 anos de idade, que D. Pedro passou à condição de Príncipe da Beira, devido ao falecimento do seu irmão mais velho, o príncipe D. Francisco Antônio…

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  • 1822, Laurentino Gomes
  • D. Pedro I, a História não Contada, Paulo Rezzutti
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